quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Reinventar o trabalho através da arte



Uma grande questão do homem moderno é lidar com sua impotência diante do passar do tempo, da finitude da vida, isto fica mais contraditório na medida em que vivemos uma época de grandes avanços científicos e tecnológicos. Na busca de uma vida mais feliz passa a se questionar os conceitos de verdade, aproximando novamente a ciência e a arte como possibilidades de pensar a vida humana. Para tanto, torna-se um imperativo ético transformar a própria vida em uma obra de arte que mereça ser eternamente repetida.

Sueli Rolnik relata a desestabilização de alguma subjetividade diante de forças desconhecidas e inesperadas e ressalta a capacidade da subjetividade do artista e de criadores culturais em suportar mais esta desestabilização.


“Ao que parece, é primeiro em microuniversos culturais e”.
artísticos que relações de força inéditas ganham
corpo e, junto com um corpo, sentido e valor.
Esse microuniversos constituem cartografias –
musicais, visuais,cinematográficas,teatrais,
arquitetônicas, literárias, filosóficas, etc. –
do ambiente sensível instaurado pelo novodiagrama”. (Rolnik,2002)






Rolnik denuncia o perigo que corre a potência criadora nos dias atuais, enquanto uma preocupação de cunho ético. Argumenta que o homem moderno é viciado em identidades e por isso se anestesia diante do surgimento de novos diagramas de forças, no entanto novos diagramas se instauram em sua subjetividade apesar de tudo.
Com isso, fica evidente o quanto a arte pode contribuir para o desenvolvimento de uma maior flexibilidade diante de situações complexas, adversas ou conflituosas. A criatividade propicia um olhar mais atento e cuidadoso com a subjetividade de cada individuo, acolhe as diferenças como potencialidades que podem contribuir para uma produção em conjunto.


Uma grande questão do homem moderno é lidar com sua impotência diante do passar do tempo, da finitude da vida, isto fica mais contraditório na medida em que vivemos uma época de grandes avanços científicos e tecnológicos. Na busca de uma vida mais feliz passa a se questionar os conceitos de verdade, aproximando novamente a ciência e a arte como possibilidades de pensar a vida humana. Para tanto, torna-se um imperativo ético transformar a própria vida em uma obra de arte que mereça ser eternamente repetida.